Recentemente, a revista Exame publicou um artigo chamado "Estímulo para estudar", do economista norte-americano Robert Samuelson. Segundo o economista, a IBM americana está solicitando o histórico escolar do 2º grau dos candidatos a cargos na empresa. Para a IBM, o aproveitamento escolar dos candidatos passa a ser um critério importante de seleção.
No mesmo artigo, Samuelson afirma que para reagir à queda nas margens de lucro e ao aumento da concorrência, as empresas vêm se tornando mais seletivas na hora de contratar novos funcionários. Onde bastava um diploma de segundo grau, está se exigindo curso universitário e onde se exige formação básica, está se procurando meios de selecionar os mais capacitados. As empresas americanas estão procurando selecionar pessoas que tenham domínio de algumas competências básicas: bom conhecimento de leitura e matemática, capacidade de formular hipóteses na solução dos problemas e boa comunicação oral e escrita.
Para o economista americano, esse novo comportamento do mercado valoriza o ensino e acaba por estimular a sua melhoria, tirando a educação do marasmo.
E no Brasil, o que será que está acontecencendo na relação entre emprego e escolaridade?
Nos últimos dez anos o mercado de trabalho diminuiu a sua capacidade de absorver a população economicamente ativa (dados do Ipea e do Datafolha). O índice de empregados com carteira assinada dentro da população economicamente ativa recuou aproximadamente 10%. Segundo a pesquisadora Paula Montagnier, "há muitos desempregados com primeiro grau completo. Diante dessa oferta, o mercado eleva suas exigências".
Ou seja, no Brasil está acontecendo um fenômeno semelhante ao do mercado americano. As empresas estão mais exigentes quanto à escolaridade de seus futuros funcionários porque em nosso país, ao contrário do que acontecia 20 anos atrás, já há sobra de mão-de-obra qualificada.
A conclusão em termos de escolaridade também é semelhante ao caso americano: é preciso investir nos estudos para garantir empregabilidade. Há 20 anos atrás, uma pessoa tinha boas chances de conquistar um lugar no mercado de trabalho com o primeiro grau completo. Hoje isso já não é suficiente. Muitas empresas estão exigindo segundo grau para admitir funcionários em cargos onde antes bastava o primeiro grau.
O curso superior é um diferencial fundamental no mercado de hoje. Sem diploma fica muito difícil chegar a um cargo de gerência, um fato comum há 20 anos atrás. Em função desta nova realidade do mercado, chegamos à conclusão que investir nos nossos estudos e de nossos filhos é imprescindível.
IMPORTANTE: Em relação aos nossos filhos, devemos lembrar que "gostar do que faz" é fundamental em qualquer área profissional.
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